quarta-feira, 27 de maio de 2009
A IMPORTÂNCIA DO CORO NO TEATRO GREGO
Termo que provém do grego chorós, que, na Grécia antiga, designava um grupo de dançarinos e cantores usando máscaras que participavam ativamente nas festividades religiosas e nas representações teatrais. Na tragédia clássica, o coro é uma personagem coletiva que tem a missão de cantar partes significativas do drama.O coro era composto pelos narradores da história que, através de representação, canções e danças, relatavam as façanhas do personagem. Era o intermediário entre o ator e a platéia, e trazia os pensamentos e sentimentos à tona, além de pronunciar também a conclusão da peça.
De início, o texto do coro constituía a parte principal do drama, ao qual se interpolavam monólogos e diálogos. Com o desenvolvimento da tragédia, o coro fixou-se como uma parte secundária do texto dramática, geralmente reservada ao comentário público.
Com o desenvolvimento do drama, o coro perde a sua configuração e importância original, abandonando a representação de uma personagem coletiva. A parte coral pode então ser executada por um só cantor. Pelo seu carácter repetitivo, o coro aproxima-se da função do refrão.
A função original do coro da tragédia grega não se perde nesta concepção: ele funciona sempre como um espectador ideal que se responsabiliza pelo equilíbrio das emoções e pela moderação dos discursos. Na tragédia clássica, existe um elo de ligação muito forte entre o drama e o coro. De fato, crê-se que a tragédia tenha surgido em virtude das atuações quer líricas quer religiosas de um coro composto por dançarinos mascarados que cantavam.
A Comédia Nova e a Comédia Antiga possuem muitas diferenças. Na Comédia Nova o coro já não é um elemento atuante, sua participação fica resumida à coreografia dos momentos de pausa da ação. Na Comédia Nova a política já quase não é discutida.
Ou seja, o coro tinha várias funções no teatro grego: é uma personagem da peça; fornece conselhos, exprime opiniões, coloca questões, e por vezes toma parte ativa na ação. Ao coro competia também criticar valores de ordem social e moral e, por outro lado, tinha ainda o papel de espectador ideal ou voz da opinião pública